A comunidade LGBT brasileira, atualmente, representa quase 9% da população (18 milhões de pessoas). Esse mercado consumidor movimenta R$ 150 bilhões por ano. O Brasil é considerado um país com uma legislação rigorosa contra a homofobia e preconceitos de gênero. No entanto, o que vemos em prática por aí está muito distante do cenário ideal. O preconceito contra homossexuais ainda é muito forte e há receio de se discutir o assunto, principalmente em ambientes mais formais. Vamos, então, debater os preconceitos contra a comunidade LGBT no mercado de trabalho?
Pra iniciar o assunto de uma forma bem clara e direta, fizemos um infográfico com muito carinho, com dados de várias fontes (nacionais e internacionais). Ele servirá para ilustrar alguns pontos que falaremos ao decorrer do post. Veja:
Durante as pesquisas para a elaboração desse material, ficamos surpresos com vários números. Em pleno século XXI, alguns fatos nos remetem a uma mentalidade extremamente conservadora, que não cabe mais nos dias de hoje.
Para começar a exemplificar, vamos pegar um caso recente que aconteceu no futebol brasileiro. Em 28 de agosto de 2014, uma torcedora do Grêmio chamou o goleiro do Santos de “macaco” durante um partida realizada pela Copa do Brasil. Ela foi identificada pelas câmeras de TV e precisou até mudar sua aparência devido a fortes retaliações que sofreu por esse episódio. Na época, o Grêmio recebeu uma dura punição e foi eliminado da Copa do Brasil.
Dentro desse mesmo universo, é comum em muitas torcidas, até mesmo em jogos da Seleção Brasileira, chamar o goleiro do time adversário de “bicha” na hora de bater o tiro de meta. Veja um vídeo abaixo que mostra esse comportamento:
Vamos analisar: o grito de “bicha” também não é ofensivo e preconceituoso? Qual o motivo de não aplicarem punições também para as ofensas homofóbicas que torcidas do Brasil inteiro praticam? O preconceito contra a comunidade LGBT ainda não recebe a atenção merecida dos órgãos de fiscalização. Chamar outra pessoa de “bicha” ou “viado” é visto como normal (infelizmente, é como a maioria das pessoas ainda encara tal comportamento).
Bom, já fiz meu desabafo inicial. Vamos agora falar um pouco sobre os números. Algumas coisas que me chamaram a atenção:
Assustador, não é mesmo? Esses números foram registrados pela Santo Caos (vale a pena conhecer essa galera).
[easy-tweet tweet=”Infográfico sobre o preconceito contra a comunidade LGBT no mercado de trabalho!” hashtags=”lgbt, preconceito”]
Fiquei espantado principalmente com o fato de 33% das empresas admitirem que não contratariam pessoas LGBT para cargos de chefia. Sim, elas falaram isso! E a situação piora muito quando falamos de travestis e transsexuais: 90% estão se prostituindo por não terem conseguido emprego, mesmo tendo bons currículos. As empresas não têm consciência do quanto suas culturas antiquadas impactam e, muitas vezes, anulam o direito de escolha de uma pessoa? Porque se não há oportunidade, não há escolha. Fiquei realmente inconformado!
E, no meio das pesquisas, vi que o buraco é mais embaixo. Veja estas matérias:
Clique aqui para ver a matéria completa (Estadão).
Clique aqui para ver a matéria completa (Zero Hora).
É, pessoal, infelizmente este é o mundo em que vivemos.
Para aqueles empresários que não são muito ligados ao bem-estar de seus colaboradores, um outro número pode “sensibilizar” seu coração: de acordo com pesquisas feitas pela OutNow, a homofobia custa U$ 405 bilhões por ano para a economia brasileira (baseado em produtividade, turnover e processos judiciais). Se não quiser olhar com carinho para a causa, comece a mudar seus conceitos percebendo quanto isso pesa no bolso.
Durante as entrevistas feitas aqui no Brasil, foram coletados alguns depoimentos que expressam bem a nossa realidade:
[easy-tweet tweet=”A homofobia custa U$ 405 bilhões por ano para a economia brasileira” hashtags=”lgbt, preconceito”]
Felizmente, assim como eu, muitas pessoas, empresas e ONGs estão dedicando seu tempo para falar desse assunto tão importante. Vemos muitas ações sendo feitas em apoio à causa LGBT. Até setores supertradicionais, como o bancário, estão engajados nesse movimento. O Banco do Brasil fez uma campanha bacana em 2015:
Outras empresas, com uma pegada mais moderna, estão entrando bem fortes nessa onda e promovendo algumas reflexões importantes. Uma ação super válida foi feita pela companhia aérea Gol no Dia das Mães. Veja o vídeo:
A Associação da Parada do Orgulho LGBT de São Paulo também está sempre realizando ações para minimizar o preconceito que existe no Brasil. Eles promovem caminhadas, eventos, feiras e muito mais. Vale a pena dar uma olhada no site (acesse aqui) e conferir a agenda da Parada LGBT de 2017, que ocorre no dia 18/06 na Av. Paulista (confirme sua presença aqui). Ah, e novamente para a galera que gosta de números, a Parada LGBT de São Paulo movimenta mais de R$ 400 milhões!
Outra inciativa muito bacana é o Fórum de Empresas e Direitos LGBT, criado em 2013, uma organização informal que reúne grandes empresas brasileiras para discutir e pensar sobre o preconceito contra a comunidade LGBT no mercado de trabalho. Eles criaram um manifesto chamado “Os 10 Compromissos da Empresa com a Promoção dos Direitos LGBT”. O nome já diz tudo, né? Você pode conferir mais informações clicando aqui.
Podem acreditar, a luta contra a homofobia é bem recente. A comunidade LGBT ficou muito tempo marginalizada da sociedade. Apenas em 1990 (isso mesmo, há menos de 30 anos atrás), a homossexualidade foi excluída da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID). Quer dizer que, antes dessa data, o homossexualismo era tratado como doença! É por isso que no dia 17/05 se comemora o Dia Internacional de Combate à Homofobia. Veja mais sobre isso neste post especial que fizemos.
A população LGBT não possui uma constituição específica para tratar de seus interesses, como acontece com os negros e o racismo, por exemplo. Tudo isso indica que o Brasil ainda tem muito para amadurecer nesse sentido. Há algumas evoluções estaduais perante a lei, como acontece em São Paulo. Existe a Lei nº 10.948/01 que pune toda manifestação discriminatória feitas por um cidadão, inclusive os funcionários públicos, civis ou militares, toda organização social ou empresas privadas ou públicas, com advertência, multa, suspensão e cassação da licença estadual para funcionamento.
O site Direito Homoafetivo também está atuando constantemente para estruturar as questões estatuais dos direitos da comunidade LGBT. Vale a pena visitar e conhecer um pouco mais sobre as ações que eles estão fazendo.
Alguns políticos estão lutando de forma muito interessante a favor da causa LGBT, visando um Brasil mais justo e igualitário. Michel Platini, por exemplo, é o atual Presidente dos Conselhos Humanos do Distrito Federal e é militante da causa LGBT. Precisamos fazer nossa parte também, procurar políticos que estão levando essa causa para debates contundentes em Brasília. O Carlos Minc também está sempre presente nessa luta, representando e correndo atrás de mais direitos e respeito para a comunidade LGBT.
Além disso, existe um canal exclusivo para qualquer pessoa fazer denúncias de violações dos Direitos Humanos, o Disque 100. Ele funciona 24h por dia, 7 dias por semana e recebe em especial denúncias contra populações mais vulneráveis no Brasil, como crianças, mulheres e a comunidade LGBT. Se você testemunhou algum tipo de homofobia ou preconceito, não perca tempo e denuncie o quanto antes.
Nós queremos que esse infográfico que fizemos com tanto carinho chegue o mais rápido ao maior número de pessoas. Precisamos desempenhar nosso papel nessa conscientização sobre o preconceito contra a comunidade LGBT. Fique à vontade para usar nosso material e compartilhar as informações aqui mostradas com os seus amigos. Só pedimos para que sejam mantidos os devidos créditos. Juntos, tenho a certeza de que podemos ser mais fortes!
O post foi modificado em: 13 de junho de 2017 19:21
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Olá tudo bem?
Esse ano me formo na faculdade e meu tema de tcc será sobre representação da diversidade sexual na comunicação organizacional, poderia me informar ou passar links das suas fontes de pesquisa?
Olá Erick, tudo bem e você? Obrigado pelo comentário. No texto do post, tem as fontes de quase todas as informações. Se você não achou alguma coisa, por favor, entre em contato com a gente por e-mail.
Erick, tudo bom? Meu nome é Lucas Pimenta e, recentemente, realizei um estudo de TCC sobre a presença de pessoas transexuais nas empresas aqui de Porto Alegre/RS. Quem sabe não conversamos? Abraço!
Legal pessoal! Se precisarem de alguma ajuda, estamos por aqui também :D
também estou fazendo o tcc sobre o tema, aceitaria ajuda.
meu e-mail; nataliacelestino95@gmail.com.
desde já agradeço .
Olá, tudo bem?
Poderia me informar a data dessa publicação? Estou fazendo tcc e preciso informar onde foi feita a pesquisa e a data da publicação.
Desde já a agradeço!
Oi Daniella, tudo bem?
Essa publicação é do dia 13 de Junho de 2017. Que legal que está utilizando em seu trabalho :D