Estados Unidos, Austrália, Irlanda, Espanha… Independente do destino, fazer um intercâmbio ou mudar definitivamente de país é o sonho de muitos jovens! Essa é uma das fases mais marcantes da vida, onde a gente aprende, entre tantas lições, a se conhecer melhor!
Os perrengues sempre vão existir. Sempre! Mas se preparando bem é possível curtir ao máximo a experiência de morar fora!
Confira aqui 6 dicas realistas para se jogar nessa experiência!
Escolha um destino que tem a ver com você
Parece óbvio, mas muita gente se frustra por escolher o destino errado. Se você não suporta o frio, descarte países gelados com longos invernos e chuvas constantes. É comum que os fãs do verão se sintam profundamente tristes nessa época, e isso pode até virar motivo de volta.
Também é interessante definir seus objetivos. Se é aprender uma língua, trabalhar, passar um período sabático, fazer amigos… Cada país tem suas regras e cada povo suas características. É importante saber se isso está alinhado com suas expectativas para não se frustrar.
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Não tenha pressa para se planejar
Independente de estar fazendo tudo por conta própria ou tendo o apoio de uma agência, respeite seu tempo e seu orçamento.
Se o dinheiro está curto, é melhor adiar os planos por alguns meses e ir tranquilo. Passar aperto depois por precisar de dinheiro pode ser muito desgastante e humilhante. Pesquise sobre os valores, entenda a média de gastos com aluguel, supermercado, transporte, telefone… Planeje-se financeiramente com um pouco de folga para poder conhecer tudo que gostaria. Não adianta mudar de país e não poder nem sair de casa, né?
Mesmo que sua ideia seja trabalhar, vá preparado para se sustentar por alguns meses, caso não seja tão simples arrumar uma oportunidade logo no começo. Especialmente se você não fala a língua local ou não tem vistos ou documentos que te permitam arrumar um emprego.
Esteja aberto ao novo
Esse é provavelmente o mais importante conselho que posso dar! Quem se propõe a morar fora, seja por pouco tempo ou definitivamente, precisa estar aberto ao diferente. É claro que você não tem que gostar da comida só porque é típico do país que escolheu, mas muito provavelmente vai precisar aprender a viver sem arroz e feijão todos os dias. E passar meses reclamando disso não vai ajudar em nada!
E não é só o paladar que se expande quando moramos fora, mas também o jeito de absorver novas culturas. Sim, o brasileiro é super receptivo e caloroso, mas não é porque você não vai encontrar isso na Inglaterra por exemplo, que não seja um destino que valha a pena. O segredo é entender e respeitar o jeito de ser de cada um.
Assim como o Brasil, qualquer lugar no mundo tem qualidades e defeitos. É natural comparar o “deles” com o “nosso”, e tudo bem. Mas não deixe que isso se torne um negativismo crônico, tanto para seu país de origem quanto para o lugar que você escolheu pra viver.
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Morar fora é se auto-conhecer
O objetivo da mudança pode até ser aprender uma nova língua, mas com certeza no final o maior aprendizado será sobre si mesmo!
Pode ser que essa seja a primeira oportunidade que você esteja tendo em anos de olhar para si, entender melhor o que te faz feliz e o que te desagrada. Estar longe da família e dos amigos vai fazer você criar uma conexão interior enorme, e isso vai mudar a forma como você reage ao mundo exterior.
E não é só psicologicamente falando que as coisas vão mudar. Você vai voltar (ou não) com uma extensa lista de habilidades! Seu nível na cozinha vai passar de ovo frito para jantares elaborados (acredite, comer fora é caro e não dá pra viver de congelados para sempre) e você vai aprender direitinho como lavar roupa e limpar banheiro!
Não espere “ser um deles”
Não importa quanto tempo você passe em um país estrangeiro, você nunca será um deles! Mas isso está longe de ser um problema. Ao invés de tentar desesperadamente ser igual aos seus novos vizinhos, que tal aproveitar a multiculturalidade para trocar conhecimento, experiências e risadas, cada um com suas raízes?
Saudades faz parte
A saudades vai apertar, várias vezes! Cada um reage de um jeito e vários fatores influenciam no grau de dificuldade pra lidar com isso. É preciso aceitar que você vai sim se distanciar um pouco da família e dos amigos. Você não vai estar lá em todos os momentos, vai perder aniversários e casamentos, não vai participar dos dramas do dia-a-dia, enfim, a vida segue pra todo mundo.
Mas nada disso significa que o sentimento que tem por eles, e vice-versa, diminuirá! Vai ser preciso encontrar novas formas de se fazer presente. O Skype vai se tornar seu principal meio de comunicação e sempre se pegará fazendo contas para saber que horas são no Brasil.
Ah, e é uma ótima oportunidade para resgatar o prazer analógico de escrever cartas e cartões-postais!
Mas afinal, tudo isso vale a pena? Essa é uma resposta que só você pode dar. Cada um tem uma bagagem e a experiência é sempre diferente. No meu caso valeu tanto que ainda estou pelo mundo! Mas se não for assim com você, não há nada de errado, sempre haverá para onde voltar.
E você, já passou pela experiência de morar fora? Gostou? Compartilhe suas opiniões aqui nos comentários! 🙂
Se você gostou desse post, pode conferir vários outros conteúdos no meu blog pessoal, o Quero Ir Lá.